Da minha janela eu vejo
Lisboa a despertar...
Se há Sol como desejo...
Até o mar vejo,
A brilhar!
Às vezes há nevoeiro...
E já não vejo…
O Sol a brilhar
E Lisboa a despertar…
É assim dentro de mim…
Meu coração a sangrar
De tanto amar…
Os Filhos a partir…
Sabe-se lá para onde vão
E se voltam… ou não…
Doenças e dores…
De todas as cores…
Cá se vão amparando
E devagar… vão andando…
Quando há nevoeiro
Está tudo a rabujar…
Até o pouco dinheiro
E as contas para pagar…
Mas se o sol está a brilhar!
E Lisboa a despertar,
Até vejo o mar!...
Dentro de mim… É um festim!
A janela do meu peito
Abre-se de par em par…
O coração, a seu jeito,
Derrete-se de tanto amar!
Que alegria!
Filhos e netos à porfia
Todos a cantar
E eu a sonhar!...
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