sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Anjos da Minha Igreja


Na Igreja da minha Terra

Há anjinhos no altar

São tantos os anjinhos

Ai! Quem mos dera contar…



Dois e dois mais dois

Seis são.

E mais seis uma dúzia

Então.

E três quinze e três dezoito,

Dezanove,  vinte e um.

E um e outro e mais algum…



Quando eu era pequenina

Gostava de imaginar:

De noite, pela calada,

Desciam  em revoada

Os anjinhos do altar!

Um, que era mais atrevido,

No Sacrário ia pousar,

O Menino Jesus espreitava

E que contente ficava,

Com os anjos ia brincar!



Um dia, devagarinho,

E sem ninguém o saber,

Levei uma bola p´ra Igreja,

Deixei-a lá num cantinho

P´ros anjos  poderem ver…



Na noite, então, desse dia,

Na minha cama, eu dormia,

Sonhei. Vi os anjos a jogar:

Duas equipas em campo,

O Menino  a rematar!

Um anjo, na baliza, defendia,

Outro com a bola fugia,

Eu, entusiasmada, aplaudia!

O Menino um golo metia!

Goooo…lo! Goooo…lo!

Que alegria!



Pela manhã, a correr,

Fui à Igreja p´ra ver:

Os anjos lá estavam,

Cada um no seu lugar,

A bola no mesmo canto

Sem dali nunca arredar.



Mas eu sabia…

(O segredo era só meu),

Que os anjos à porfia

Com o Menino Deus

Na Igreja, em Nelas, brincavam

Como brincavam nos céus!






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