Na Igreja da
minha Terra
Há anjinhos no
altar
São tantos os
anjinhos
Ai! Quem mos
dera contar…
Dois e dois mais
dois
Seis são.
E mais seis uma
dúzia
Então.
E três quinze e
três dezoito,
Dezanove, vinte e um.
E um e outro e
mais algum…
Quando eu era
pequenina
Gostava de
imaginar:
De noite, pela
calada,
Desciam em revoada
Os anjinhos do
altar!
Um, que era mais
atrevido,
No Sacrário ia
pousar,
O Menino Jesus
espreitava
E que contente
ficava,
Com os anjos ia
brincar!
Um dia, devagarinho,
E sem ninguém o
saber,
Levei uma bola
p´ra Igreja,
Deixei-a lá num
cantinho
P´ros anjos poderem ver…
Na noite, então,
desse dia,
Na minha cama,
eu dormia,
Sonhei. Vi os
anjos a jogar:
Duas equipas em
campo,
O Menino a rematar!
Um anjo, na baliza,
defendia,
Outro com a bola
fugia,
Eu,
entusiasmada, aplaudia!
O Menino um golo
metia!
Goooo…lo!
Goooo…lo!
Que alegria!
Pela manhã, a
correr,
Fui à Igreja
p´ra ver:
Os anjos lá
estavam,
Cada um no seu
lugar,
A bola no mesmo
canto
Sem dali nunca
arredar.
Mas eu sabia…
(O segredo era
só meu),
Que os anjos à
porfia
Com o Menino
Deus
Na Igreja, em
Nelas, brincavam
Como brincavam
nos céus!
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