domingo, 30 de maio de 2010

Bolos de arroz

A felicidade também se faz de coisas sem importância. Hoje a minha felicida foram... bolos de arroz. Dormiram cá duas netas (a Inês e a Margarida). Demanhã, ao acordar, lembrei-me de fazer bolos de arroz (petisco que já foi para mim e para os meus irmãos, depois para os filhos e agora para os netos). Fui fazê-los a correr, tinha cá arroz de ontem, restos da festa de anos do Vasco e tinha pressa porque queria acabá-los antes das netas acordarem. E consegui. Vim acordá-las com muitos beijinhos e... bolos de arroz. Gostaram e eu também. Foi assim que lhes transmiti o meu carinho.
Colhi mais uma flor de tempo nesta Primavera do tempo no Outono da vida.

Nota: Receita dos bolos de arroz
Tem-se arroz da véspera, junta-se-lhe cebola picada,salsa picada, ovos e farinha, tudo a olho. Mexe-se muito bem e fica mais ou menos com a consistência de pasteis de bacalhau. Com duas colheres moldam-se os bolos e fritam-se.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tempo em Flor

Os meus pensamentos levaram-me a uma descoberta. E fiquei feliz.
Toda a vida corri atrás do tempo. Tanto o queria agarrar, mas ele fugia-me sempre. Entre as coisas imprescindíveis não ficava tempo para eu gastar à minha vontade.
Agora o tempo veio ter comigo. Descobri-o e é lindo. É meu e posso fazer dele o que quiser, até flores.
No Outono da vida a Primavera do tempo! Sentir a Primavera no Outono é uma felicidade. É romântico, não é? Mas o romantismo com conta, peso e medida, sabe bem e faz bem.
Ter tempo para dar, dar flores de tempo e receber tempo em flor.
Mas como? Estou cá longe no meu canto e os que me são queridos não têm o tempo que eu tenho.
Mas ler demora menos que escrever, e a internet, aliada do tempo porque nos dá mais tempo, leva tudo num instante até onde a quisermos fazer chegar... sem carta, sem sobrescrito e sem lambidela no selo