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editorial, deste mês, da revista “Reviver” fez-me pensar… agora que já sou “grande”…
muito “grande”… mais de 76 flores reunidas no cesto colorido dos meus anos de
vida…
Lembro-me
muito bem do que dizia em criança, de uma maneira muito simples e direta: “Quero ser mãe e professora”.
E
fui! Esta é a minha felicidade:
Fui mãe de nove filhos, 3 anjinhos gémeos que
lá estão no céu a velar por mim, 4 meninas, hoje senhoras, e 2 rapazes, já homens.
E fui professora
de muitos alunos: gordos e magros; altos e baixos; envergonhados e atrevidos;
brancos, pretos e indianos; portugueses,
angolanos, cabo verdianos, guineenses, moçambicanos e até timorenses; e de
outros países longínquos, com uma realidade social bem diferente da nossa:
paquistaneses, russos, croatas… Não me lembro de todos, mas lembro-me dos que
mais me marcaram e com quem aprendi a
aceitar as suas vidas e a viver a minha mais intensamente.
E continuo a
ser mãe e professora… E é esta ainda a
minha felicidade:
Para além dos
filhos hoje tenho netos, é ser mãe duas vezes. Dão-me muitas alegrias, cada um
a seu modo e, quando eu me for… estarei presente no coração deles ainda por
muito tempo. É uma saudável aspiração, esta de continuar eternamente…
E ainda sou professora
dos meus queridos alunos na USenior de Odivelas. Acho que lhes transmito alguns
conhecimentos de Matemática e em troca recebo deles muita amizade e muito
carinho.
Sou feliz!...
A felicidade é conseguir realizar o que mais queremos na vida!...